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Auditoria de urnas eletrônicas pelo TRE-CE comprovou segurança do sistema de votação

17:22 | Out. 28, 2018
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O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) realizou, neste domingo, 28, o processo de Auditoria de Votação Eletrônica com 12 urnas para comprovar a credibilidade e a segurança do sistema de pleito adotado no País. A votação paralela, iniciada às 8h e encerrada às 17h no Centro Universitário Estácio de Sá da Avenida Duque de Caxias, assegurou o funcionamento correto dos equipamentos eletrônicos sorteados para a verificação no Estado. O mecanismo é utilizado pela Justiça Eleitoral desde 2012.
 
Neste segundo turno, duas modalidades de auditoria foram instituídas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): a Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas sob condição normal de uso, realizada em quatro urnas submetidas ao exame em tempo real; e a verificação de autenticidade e integridade dos sistemas instalados nas urnas, com oito equipamentos examinados em suas seções originais. No Ceará, o sorteio das 12 urnas aconteceu na manhã de sábado, 27.
A Auditoria de Votação Eletrônica foi organizada por uma comissão de seis membros. Das quatro urnas sorteadas para a primeira modalidade, duas foram de Fortaleza, uma de São Gonçalo e outra Milhã. O processo de verificação foi aberto ao público.
 
O juiz Roberto Viana, presidente da comissão de votação paralela, explicou o funcionamento do processo no Estado. “No intuito de demonstrar a credibilidade e a segurança da urna eletrônica para toda a sociedade, a resolução nº 23.550 (do TSE) determina que, em todo turno de eleição, na véspera sejam sorteadas quatro urnas. Essas quatro urnas são sorteadas em uma sessão pública, com participação de toda a sociedade: partidos políticos, imprensa, sociedade civil, Ministério Público Eleitoral. A partir do momento em que há o sorteio dessas urnas, elas são coletadas no Interior do Estado. Por exemplo, neste ano, nós tivemos urnas de Solonópole, São Gonçalo do Amarante, duas de Fortaleza. Essas urnas vêm lacradas do Interior para o Centro Universitário Estácio de Sá sob guarda da Polícia Federal e de servidores da Justiça Eleitoral”, afirmou em entrevista ao O POVO.

Para a votação paralela, o TRE-CE coletou votos de alunos de escolas públicas em cédulas de papel para inserir nas urnas eletrônicas. “Estudantes de escolas da rede pública preencheram cédulas de papel e essas cédulas são utilizadas na votação paralela para digitação na urna eletrônica. O objetivo, ao final dos trabalhos, é comparar realmente se o que foi digitado na urna eletrônica é o resultado do boletim de urna, para demonstrar assim a exatamente a confiabilidade da urna eletrônica”, continuou Roberto Viana. O juiz elucidou que esses votos não são contabilizados no pleito oficial. “Essas urnas que vieram para cá foram substituídas no seu local de votação, então o eleitor da zona eleitoral em que elas foram coletadas votam nas urnas substitutas preparadas para votação normal. O objetivo dessa votação paralela é única e exclusivamente permitir a auditagem, tanto é que os trabalhos são acompanhados por uma empresa de auditoria independente contratada pelo Tribunal Superior Eleitoral”, complementou.
 
As oito urnas incluídas na segunda modalidade de auditoria foram da EEFM Bárbara de Alencar e na EMEIF Francisco Edilson Pinheiro. “Nesse intuito de demonstrar cada vez mais a credibilidade e a transparência do processo eletrônico de votação, uma resolução do TSE determinou que nós também sorteássemos oito urnas e essas urnas não são submetidas à votação paralela. Na verdade, elas são submetidas a um processo de auditoria e verificação da integridade e autenticidade do sistema. Esse procedimento foi feito às 7h da manhã de hoje, nas seções que foram sorteadas pelo juiz eleitoral, promotor eleitoral, representantes de partidos e da OAB e para verificar se o programa naquela urna eletrônica é o programa com assinatura digital oficial do TSE e das entidades que acompanharam o processo de lacração das urnas”, finalizou Roberto Viana.
 
(Com informações das repórteres Angelica Feitosa e Irna Cavalcante) 
 
Redação O POVO Online 

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