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Eduardo Bolsonaro nega articulação para migrar para novo partido
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Eduardo Bolsonaro nega articulação para migrar para novo partido

| NO TWITTER | Eduardo Bolsonaro usou as redes sociais para afirmar que não está participando da formação ou do resgate de qualquer partido
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O deputado diz que aproveitará o tempo para focar na construção do partido Aliança do Brasil (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil O deputado diz que aproveitará o tempo para focar na construção do partido Aliança do Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi ao Twitter ontem para negar que esteja envolvido na articulação para a recriação da União Democrática Nacional (UDN), partido para o qual integrantes do clã Bolsonaro estariam planejando migrar, na esteira do desgaste sofrido pelo PSL. Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no último domingo, 17, revelou que Eduardo teria se reunido na semana passada, em Brasília, com articuladores do novo partido.

 "Informações de sites e outros estão me incluindo numa possibilidade de formação de novo partido. Informo a todos que não estou participando na formação ou resgate de qualquer partido", escreveu Eduardo Bolsonaro.

A nova UDN é um dos 75 partidos que estão em fase de criação, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda segundo o jornal, o dirigente da futura sigla, o capixaba Marcus Alves de Souza, afirma que já foram obtidas 380 mil das 497 mil assinaturas necessárias à criação da sigla.

Segundo três fontes ouvidas pela reportagem do Estadão em caráter reservado, Eduardo Bolsonaro teria se reunido na semana passada em Brasília com dirigentes da sigla. Ele teria urgência em levar adiante o projeto. Eleito com 1,8 milhão de votos, Eduardo teria o apoio de seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). Com esse movimento, a família Bolsonaro buscaria preservar seu capital eleitoral diante do desgaste do partido.

Além de afastar a família dos problemas do PSL, a nova sigla realizaria o projeto político de aglutinar lideranças da direita nacional identificadas com o liberalismo econômico e com a pauta nacionalista e conservadora, defendida pelo clã Bolsonaro.

A UDN é inspirada no partido que nasceu em 1945 para aglutinar as forças que se opunham à ditadura de Getúlio Vargas. Com o discurso de moralização da política e contra corrupção, a frente unia originalmente desde a Esquerda Democrática - que romperia um ano depois com a sigla e fundaria o Partido Socialista Brasileiro - a antigos aliados de Vargas, como o general Juarez Távora e o ex-governador gaúcho Flores da Cunha, rompidos com o ditador. Em 1960, o partido apoiou a eleição de Jânio Quadros, eleito presidente, e, em 1964, a deposição do governo de João Goulart. (Agência Estado)

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