Escorre poesia toda vez que chora um peito, mas poesia sangra toda vez que um peito chora.
Do poeta quem fala? Mas poeta é senhor feito...
e sê-lo está ligado a um defeito,
derivado do olhar humano que não sabe contar as horas... Esclareço; e conserto:
Poeta usa sangue como tinta,
pinta quadro sem defeito.
Morre por um dia. Acha justo!
Porque acha melhor ter sangue escorrendo pelos dedos, a ter que assistir apenas um peito jogando sangue pelo ralo.
Ferida aberta se cura. Resolvido.
Poesia escrita vira história...
Morre o personagem, o poeta;
morre a tinta e a caneta...
Mas não morre a poesia.
Dois litros de sangue por um livro?
Te assusta saber que ando sagrando dois litros por dia?