Pés cansados, certeza descalça
Mãos no bolso, sonhos guardados
Pronto para tira-los, sem que caiam ao chão
Sem parar, olhou para o lado
Viu sorriso, viu desejo
Viu medo, viu cansaço
Viu frieza, viu silêncio
Viu calor, viu abraço
Estreito caminho no caminho
Caminhou, tropeçou
Se feriu, respirou
Viu o terceiro, a ele rogou:
"Que o tempo seque o chão de barro
Que pise firme, corra livre no seu terraço
Que o mesmo vento
que derrubará as flores no lar
Traga consigo hoje o que calçar"
Se cada coisa ocupar seu devido lugar
Veremos as flores crescerem
a cada uma se debandar