Em Fortaleza 60,3% dos consumidores possuem algum tipo de dívida. A maioria desses consumidores são mulheres, com renda menor que cinco salários mínimos e com pendências em cartões de crédito. O balanço na Capital foi divulgado ontem na Pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza, realizada em abril.

Segundo o levantamento, a proporção de consumidores com contas ou dívidas em atraso aumentou 2,2 pontos percentuais, passando de 20,3% dos consumidores em março, para 22,5% neste mês. O valor médio estimado é de R$ 1.602, com prazo médio de oito meses, comprometendo 39,2% da renda familiar dos consumidores.

Além do cartão de crédito, mais utilizado pela população endividada (77%), as outras formas de crédito são financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 16,4%; carnês e crediários, com 7,3%; empréstimos pessoais, com 4,8%; e cheque especial, com 3,5%.

A falta de planejamento orçamentário foi citado no levantamento para o controle do endividamento, estando sempre entre os principais motivos para o atraso ou inadimplência. "Dos fatores que os consumidores consideram que mais contribuem para esse problema, listam-se a falta de orçamento e controle dos gastos, com 47,8%; e o aumento dos gastos considerados essenciais, com 19,5%". Além disso, foram citados aumento do desemprego e gastos imprevistos.