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Basquete Cearense teve início de temporada tensa e final vitorioso
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Basquete Cearense teve início de temporada tensa e final vitorioso

Carcará disputou competição apesar de abalos fora de quadra, e ainda conquistou feito histórico e recorde de público. Time agora busca apoio para seguir no NBB
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Dannyel Russo tenta guiar o time de volta às vitórias
 (Foto: ESTADÃO CONTEÚDO)
Foto: ESTADÃO CONTEÚDO Dannyel Russo tenta guiar o time de volta às vitórias

A trajetória do Basquete Cearense nesta temporada bem que poderia render um filme. No começo, o drama. Às vésperas do início do NBB 2018/2019, o time conviveu com a incerteza se iria disputar o torneio, após a saída do patrocinador máster da equipe. Em seguida, o fim da parceria com o técnico Alberto Bial, presente desde a fundação do projeto, em 2012. Com queda drástica de investimentos, o Carcará se "segurou" em apoios pontuais e na ajuda do Governo do Estado para seguir, pela sétima vez seguida, disputando a elite do basquetebol brasileiro. Com dificuldade para obter receitas, os jogos do time passaram a ter cobrança de ingresso e foi criado ainda plano de sócio-torcedor.

Quando a bola subiu, o roteiro do Basquete Cearense passou do drama à aventura. Foram altos e baixos em uma primeira fase irregular, em que o time sofreu para ficar em 12°, ficando com a última vaga à segunda fase.

Nas oitavas de final, o Carcará enfrentou o Paulistano, atual campeão do NBB e carrasco de três eliminações do Basquete Cearense em playoffs. O que para muitos parecia impossível, aconteceu: o Carcará venceu os dois primeiros jogos da série melhor de três e fez história ao despachar os paulistas.

Nas quartas de final, Carcará caiu diante de outro time poderoso, o Mogi-SP, sendo eliminado ao perder a série por 3 a 0. Antes de se despedir da edição 2018/2019, o time deu nova mostra de força, quebrando o recorde de público da competição, ao levar 9.245 torcedores ao ginásio do CFO, no primeiro jogo contra o Mogi.

"Foi um campeonato sofrido. Não tivemos pré-temporada. Ficamos parte da temporada sem contar com o Paulinho (Boracini, armador do time) e tivemos muitos jogadores machucados, o que dificultou muito a nossa vida. Com certeza tínhamos o menor orçamento do campeonato, mas conseguimos nos classificar para os playoffs. Isso foi motivo de muita alegria. Enfrentamos o Paulistano, que era nosso grande algoz, mas com muita garra conseguimos derrotá-los. Estou no projeto desde o início e nunca tinha visto um grupo como esse de agora. Esse era o diferencial do time", avalia Dannyel Russo, técnico do Basquete Cearense.

Agora de férias, o Carcará vive roteiro de suspense, com a ameaça de não disputar a próxima temporada do NBB caso não consiga patrocinador máster para bancar os custos de estar na elite do basquete nacional. A diretoria do time já está no mercado em busca de apoiadores.

"Esse é o momento das grandes empresas se sensibilizarem e entenderem a importância que o basquete representa para essa cidade", pontuou Russo. "Criamos uma identidade única entre time e torcida. O que era uma namoro tímido lá atrás, hoje é um casamento feliz e de muita confiança", ressaltou Thális Braga, presidente do Basquete Cearense.

 

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