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Agronegócio e energias renováveis do Ceará na mira dos holandeses
Economia

Agronegócio e energias renováveis do Ceará na mira dos holandeses

| NEGÓCIOS | De acordo com Robbert Meijering, diretor da agência de investimento holandês, Estado é beneficiado com o voo para Amsterdã e a parceria entre Pecém e Roterdã
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A relação entre o Ceará e a Holanda está sendo ampliada com a vinda do hub da Air France-KLM/Gol e a parceria com o Porto de Roterdã. No primeiro, o Estado expande prioritariamente a participação no mercado internacional do turismo, enquanto com a estrutura portuária, as cargas de diversos continentes atracarão no Porto do Pecém. Nesse sentido, os holandeses enxergam oportunidades de negócios.

 

“Avalio que os setores de energias renováveis e do agronegócio, além das tecnologias de produção possuem grande capilaridade no Estado para as empresas holandesas”, diz Robbert Meijering, diretor da Netherlands Foreign Investment Agency (NFIA) no Brasil. Ele cita que o auxílio na mecanização da agricultura e o fomento à área da economia criativa podem expandir o horizonte de produtos cearenses na Europa.

 

Robbert avalia que o turismo no Brasil é facilitado com o hub em Fortaleza. “A posição estratégica da cidade possibilita ao turista holandês chegar ao Brasil sem a necessidade de atravessar longas distâncias”.

O diretor da NFIA explica que as praias cearenses são ideias para atrair o público aficionado em esportes radicais, especialmente o kit surfe. “Com esse voo direto, o intercâmbio se torna mais prático”, diz.

 

Mas o Ceará pode aprender mais com a Holanda. No campo da logística, para diminuir a dependência do modal rodoviário, frisa investimentos em ferrovias e na própria cabotagem. A parceira com Roterdã é um dos potenciais indutores de transformação da economia cearense. “A Holanda é referência no transporte de cargas e escoa a produção de países como a Alemanha para outras regiões. Com Roterdã, aumenta também o número de conexões com a Ásia”.

 

Sobre o momento econômico do Brasil, Robbert enxerga a situação como delicada, mas o nível de confiança do investidor holandês tem melhorado.
A agência de investimento da Holanda possui 27 escritórios em 17 países. No Brasil, está desde 2010. Em sua trajetória, auxiliou mais de quatro mil empresas de 50 países a expandirem seus negócios ou se estabelecerem na Holanda. Entre elas, estão Boeing, Tesla, Oracle, Medtronic, Danone, Siemens, Huawei, Sabic e Samsung. As companhias brasileiras, inclusive, também recebem o apoio da entidade para a “ponte” entre os negócios. “A Holanda usa a base de transportes para a Europa, além de alguns tipos de financiamento para as empresas interessadas”, adianta.

 

Atualmente a agência oferta orientação personalizada. Envolve, entre outras atividades, a familiarização com o país; a apresentação de parceiros-chave; e o aconselhamento sobre procedimentos diversos (fiscais, governamentais, trabalhistas e de permissão).

 

APRENDIZADO HOLANDÊS

 

PORTOS

Fica na Holanda o Porto de Roterdã, que permite a entrega de cargas, em menos de 24 horas, para os centros industriais e econômicos da Europa Ocidental. O país também possui o Porto de Amsterdã, o quinto maior da Europa, e os de Groningen e Zeeland. Ao todo, movem mais de 580 milhões de toneladas métricas por ano.

RODOVIAS

A Holanda é o primeiro país da Europa e quinto do mundo em relação à qualidade das estradas. São mais de 139 mil km de estradas, incluindo acesso limitado e autoestradas de alta velocidade.

FERROVIAS

O sistema ferroviário holandês, com 3.055 km, permite acesso rápido e direto aos principais centros logísticos da Europa, graças a três linhas de alta velocidade e à Betuweroute - ferrovia de carga dupla que liga Roterdã à fronteira alemã.

 

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