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Itaipava se sente em casa no NE e cresce sem moderação
Economia

Itaipava se sente em casa no NE e cresce sem moderação

A principal marca do Grupo Petrópolis detém 17,7% de participação de mercado no Ceará. Já na região, a marca possui 20,5% no setor
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Jocélio Leal*

ENVIADO A ITAPISSUMA (PE)

leal@opovo.com.br

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Caso o mercado de cerveja do Ceará fosse uma garrafa de 600 ml, a Itaipava Pilsen seria o equivalente a pouco mais da metade de um copo americano de 190 ml. Não é pouco. A principal marca do Grupo Petrópolis detém 17,7% de market share no Estado. No Nordeste, ingere 20,5% (em 2015 eram 13,8%) do mercado e no País 13,7%. Todos dados atribuídos a Nielsen.


Em Pernambuco, onde a companhia possui parte do que vende no Nordeste – na fábrica de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife - a Itaipava vai além e detém 26,4% do segmento. Na vizinha Paraíba mais ainda: 27,9%.

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Afora o produto de entrada, a Petrópolis brinda um desempenho sóbrio no emergente segmento de cervejas Premium. A Itaipava Premium se orgulha de crescer 61% em relação ao ano passado, ante crescimento de 41,4% no segmento. De janeiro a agosto, cravou o quarto lugar na categoria no Brasil.


Não por acaso a empresa está atenta à região. Além da unidade pernambucana, donde vem a cerveja vendida no Ceará, opera uma planta anterior, em Alagoinhas (BA). As duas unidades garantem a logística para brigar na região, mas não é só. O investimento em comunicação – não revelado – é agressivo.


A marca também briga no preço. No Alpendre, um bar da Aldeota, onde a marca investe em sinalização, a Itaipava Pilsen é a mais barata do cardápio. Custa R$ 7, contra R$ 8 da Skol e R$ 10 da Heineken.

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Inclui ações em pontos de venda e uma política de Naming Rights. Começaram pela Arena Pernambuco – estádio construído para a Copa 2014 que acabou não se mostrando viável comercialmente e a marca acabou desistindo; segue na Arena Fonte Nova, na Bahia; e em uma casa noturna no Bairro do Recife antigo, o Armazém Catorze.


A gerente de propaganda do grupo Petrópolis, Eliana Cassandre, disse ao O POVO que a empresa está aberta a projetos afins de Naming Rights na região. Segundo ela, não há nenhum projeto do Ceará apresentado na empresa. Eliana afirma que, depois das duas fábricas no Nordeste, toca estratégia de comunicação e de distribuição. “Os números de crescimento da Itaipava mostram que estamos no caminho certo”.


O cenário de instabilidade política e econômica, segundo ela, não chocam os planos da empresa. Este ano, disse ela, o faturamento até cresceu. Alta de 3% a 4% contra 2% do mercado. “O Grupo vem reduzindo desperdício e investindo na melhoria de maquinário, o que resulta em um produto ideal para consumo por um preço justo”, afirma Eliana.


A marca já é a terceira mais consumida no Brasil e segunda no Nordeste. Ademais, o portfólio traz duas outras apostas. A marca Crystal e o energético TNT.

 

*O jornalista viajou a convite do Grupo Petrópolis


SAIBA MAIS

 

O grupo Petrópolis trabalha o posicionamento de única grande cervejaria do País de capital 100% nacional.


O freezer de cervejas do grupo tem as seguintes marcas: Itaipava, Crystal, Lokal, Black Princess, Petra e Weltenburger.


Controla também as marcas de vodka Blue Spirit Ice e Nordka, além dos energéticos TNT Energy Drink e Magneto. Fabrica também o refrigerante It! e o isotônico Ironage.


No Ceará, são quatro revendas: Caucaia, Eusébio, Iguatu e Maracanaú. Juntos, 816 empregos diretos.


Na contas do Grupo, são 9.200 empregos gerados na região, entre diretos e indiretos.


As fábricas da companhia promovem visitas guiadas, os chamados Beer Tour, com degustação das cervejas.

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