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Os planos da UnitedHealth no Ceará

00:00 | 08/10/2017

No próximo mês, o Hospital Monte Klinikum inaugura sua nova área de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Coronariana. Já o centro de Robótica do hospital, pioneiro no Norte e Nordeste, completou dois anos em cirurgias urológica, geral e bariátrica. E, a partir de 2018, vai ampliar a cirurgia robótica para os procedimentos de ginecologia – principalmente nos tratamentos de endometriose e oncoginecologia. Uma agenda positiva em cenário de saúde econômica do País abalada. O presidente do UnitedHealth Group Brasil, o médico Cláudio Lottemberg, disse ao O POVO, em São Paulo, por qual razão. Sob o jaleco do presidente, estão a Amil e a América Serviços Médicos, a dona do Monte Klinikum.


Segundo Cláudio, o grupo não parou de investir nos meses de retração da economia porque estava fortalecendo as bases para o crescimento das operações. Ele destaca três grandes áreas de investimento: infraestrutura médico-hospitalar, tecnologia e o Centro de Treinamento Edson Bueno, no Rio de Janeiro, polo de desenvolvimento profissional em gestão e em Medicina para médicos brasileiros e do Exterior.


“Gosto de pensar que o setor caminha para uma real priorização do paciente, que é a razão em torno da qual se deve harmonizar todo o ecossistema da saúde. Itens fundamentais, como a segurança do paciente, a revisão dos desperdícios e a atenção médica primária, vão estar na pauta do dia”.


Em tempo: Cláudio traz no currículo 15 anos à frente do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Na sua gestão, consolidou o posicionamento do Einstein como referência de qualidade de atendimento mantendo a rentabilidade.

 

JOGO RÁPIDO

CAFÉ. O café 3 Corações é agora patrocinador da Seleção Brasileira de Futebol. O contrato vai pelo menos até o final da Copa do Mundo de 2018. Inclui uso do logo da CBF e da Seleção, além do uso da imagem da equipe em peças de publicidade.


AEROPORTO


BNB-SSA

O BNB trabalha com o primeiro semestre de 2018 como horizonte para definição de um cliente que muito lhe interessa. A francesa Vinci, concessionária do Aeroporto de Salvador, já apresentou carta-consulta e o pleito está voando no Passaré. Trabalha com o BNP Paribas como advisor. O BNB aposta nas melhores condições via FNE. Já a Fraport - a dona da concessão do Pinto Martins - não saiu do hangar ainda.

Café com Demétrio Magnoli.


O sociólogo Demétrio Magnoli, 59, é cético quanto à capacidade de o governo Temer ir muito adiante com as reformas. Na Previdência, no máximo um arremedo. Para ele, Lula, assim como outros líderes contemporâneos, valeu-se do superciclo de commodities. Ele veio à Fortaleza debater “Crise Democrática e Transição na América Latina” com alunos do Colégio Master. Foi a terceira vinda dele ao Master. Depois, conversou com a Coluna.


VERTICAL S/A – O senhor tem dito que o País precisa decidir entre protecionismo e competitividade, atribuindo aos governos anteriores – segundo mandato de Lula e o governo Dilma – atitudes protecionistas que redundaram em escândalos como o BNDES. Em que medida as reformas que estão postas garantem competitividade?

DEMÉTRIO MAGNOLI – As reformas não estão postas. A única reforma que foi feita, e mesmo assim até certo ponto, foi a trabalhista. Não parece que este governo terá força no Congresso e força política na sociedade para realizar outras reformas.

VSA – A da Previdência o senhor não acredita?

DEMÉTRIO – Acho que nesse governo duvido que haja reforma significativa. Você pode ter algum tipo de arremedo de reforma previdenciária. Mesmo assim, me parece cada vez mais difícil. Significa que o Brasil resiste a reformar suas estruturas econômicas e principalmente a participação do estado na transferência de recursos, que é isto que estamos falando quando falamos de reforma trabalhista e previdenciária. Se o Brasil não faz isso, vamos chegar logo a nova encruzilhada do tipo da que nós chegamos no governo Dilma Roussef, que é a explosão da dívida pública e com duas consequências possíveis: fuga de capitais ou inflação. Ou na mistura das duas. Mais dia ou menos dia o Brasil vai ter de encarar este tipo de reforma. Vamos adiando a hora da verdade.

VSA – O senhor diz que com Lula haveria chance para o PT, mas sem ele apenas 10% de eleitores cativos. O que explica uma personagem condenada e controversa, sobretudo, depois da fala de Palocci, ainda ser emblemática eleitoralmente?

DEMÉTRIO – Antes de ser eleito pela primeira vez e inclusive na primeira eleição nada definia, não estava escrito na história do Brasil, que Lula teria este grau de popularidade. A primeira eleição dele foi em parte um acaso. Porque o segundo governo do Fernando Henrique Cardoso foi corroído por uma série de crises externas e por uma bárbara incompetência no caso do apagão. Criaram um cenário pelo qual Lula ganhou uma eleição que não era necessária que ganhasse. Depois que chegou ao Poder, Lula se beneficiou de uma conjuntura internacional muito favorável, que foi o superciclo de commodities. Nessa conjuntura internacional, ele fez o que fizeram tantos outros líderes de pendores populistas. Conseguiu pelo extraordinário aumento dos gastos públicos ganhar popularidade. Ganhou de modo similar que o Hugo Chávez na Venezuela, os Kirchner ganharam na Argentina, que Erdogan (Recep Tayyip Erdogan) na Turquia, que Putin na Rússia...Isto não é um é fenômeno só latino-americano. É internacional ligado ao ciclo de commodities. E Lula teve uma sorte paradoxal que é não ter sido atingido diretamente pela crise internacional. A crise pegou a sua sucessora. Ele pode dizer para uma parte do eleitorado, que já não é uma parcela majoritária, mas ainda grande, que a volta de Lula significaria a volta da Idade do ouro. A idade do ouro não acabou com Lula, mas com Dilma. Esta transição dilmista, o fato de o impeachment ter atingido Dilma, da crise a ter atingido, faz com que uma certa aura sobreviva em torno de Lula.

VSA - Isto quer dizer que Lula não é invencível.

DEMÉTRIO - Mesmo que ele venha a disputar a eleição, que é discutível, ele deixou de ser invencível. Grande parte do eleitorado percebeu que a política econômica que ele conduziu e que Dilma continuou acabou do jeito que acabou. E porque grande parte do eleitorado percebeu que o aumento da corrupção está muito ligado ao governo dele e às políticas econômicas conduzidas naquele período.

 

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