PUBLICIDADE
VERSÃO IMPRESSA

20 Anos e uma nova fábrica

2018-03-15 01:30:00
NULL
NULL

[FOTO3]

 

A Renault começou a operar uma fábrica de componentes de motores em São José dos Pinhais (PR). A Curitiba Injeção de Alumínio (CIA) teve investimento declarado de R$ 350 milhões. O valor compõe o pacote de R$ 750 milhões anunciados para o País no ano passado. O contribuinte paranaense apoiou via o Programa de incentivo Paraná Competitivo, do Governo do Estado.

 

A operação da CIA foi escolhida para casar com uma efeméride. Este ano marca os 20 anos da Renault em produção no Brasil. Naquele 1998, as linhas eram do Scénic e Clio. Agora são quatro fábricas. Fazem veículos de passeio, comerciais leves, motores e agora bloco e cabeçote.

[QUOTE2]

Segundo a montadora, a nova unidade é a única linha de injeção de cabeçote no Grupo Renault. A capacidade instalada é de 250 mil blocos e 250 mil cabeçotes por ano. A opção pela linha diz respeito de modo direto ao motor 1.6 SCe, fabricado ao lado na Curitiba Motores (CMO).


A fábrica passa por uma ampliação a ser concluída nos próximos meses, com investimento de R$ 400 milhões. Serão usados no 1.6 SCe. O propulsor é utilizado hoje no Logan, Sandero, Duster, Duster Oroch e Captur.


A despeito do investimento, a francesa segue o mantra do setor: aguarda a definição do Rota 2030, o novo regime automotivo brasileiro, sucessor do Inovar Auto, da Era Dilma. Do evento de inauguração da fábrica participou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Jorge de Lima. Ele não deu prazo para a assinatura do Rota 2030 pelo presidente Michel Temer (MDB).


A marca atingiu em 2017 sua melhor marca: 7,7% de participação no mercado automotivo. Hoje a marca fabrica sete veículos no País: Kwid, Sandero, Logan, Duster, Duster Oroch, Captur e o comercial leve Master – líder de seu segmento há quatro anos. Mas este não é o teto para a Direção. O presidente da Renault América Latina, Olivier Murguet, quer chegar a 10% até 2020.


Ademais, teve exportação recorde, com mais de 98 mil unidades – um aumento de cerca de 40% ante 2016. “A Renault é uma empresa que acredita no Brasil. Por isso, mantivemos nossos investimentos no País inalterados, mesmo em períodos de instabilidade econômica, o que nos permitiu renovar e fortalecer nossa estrutura. Esta inauguração é mais uma demonstração do nosso compromisso”, disse Luiz Pedrucci, presidente da Renault do Brasil.


*O jornalista viajou a convite da Renault
 

PRODUÇÃO

 

A realidade é aumentada ou virtual

[FOTO1]

 

As linhas de produção da Renault no Paraná utilizam recursos como realidade virtual, realidade aumentada e impressão 3D. A realidade virtual, por exemplo, é utilizada na Renault para o treinamento da operação da pinça de solda, um exemplo de ferramenta com uso de alto risco.


Já a ferramenta HTC-Vive permite ao operário utilizar óculos de realidade virtual inserido no ambiente de trabalho. Com os óculos, é orientado a utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), segurar a pinça e realizar seu trabalho. Caso, porventura, não use os EPIs, o HTC-Vive simula possíveis acidentes que o operador pode sofrer.


Na realidade virtual, é possível entrar em um ambiente 3D. Já na realidade aumentada, elementos virtuais vêm o mundo real. Na Renault, utilizam deste recursos para o controle de qualidade do produto final.

[QUOTE1]

O POVO viu de perto como funciona. Com os óculos especiais, o técnico enxerga quais os principais pontos a conferir em cada tipo de veículo que sai da linha de produção. Deste modo, ele não corre o risco de perder de vista (?!) pontos-chave da lataria, por exemplo.


Quando o carro se aproxima do operador, ele pronuncia o modelo do veículo – Kwid, Sandero, Logan, Duster, Duster Oroch ou Captur – e os óculos identificam o veículo e indicam quais os pontos a serem checados. Conforme a Renault, em breve nem será mais preciso o comando verbal (JL)

 

SUA CHANCE!

 

SOBRE A RENAULT 

 

• A área construída é de 14 mil m².


• Apenas cerca de 100 profissionais trabalham na CIA.


• A nova fábrica é a única linha de injeção de cabeçote no Grupo Renault.


• Equipes da Aliança Renault-Nissan de 11 países participaram na instalação da planta, as origens do maquinário. São 165 máquinas de última geração. Do Brasil, as linhas de acabamento do cabeçote e os fornos de fusão, de tratamento térmico e de pré-aquecimento, entre outros.


• A nova fábrica possui telhas translúcidas, que aproveitam a luz natural, e iluminação 100% LED.


• A produção do bloco é composta por quatro etapas: fusão, injeção de alta pressão, acabamento e tratamento térmico. Para a fabricação do componente, é utilizado um processo de lubrificação moderno, que proporciona uma grande redução do uso de óleo – apenas 22 ml por peça, contra até 12 litros utilizados em métodos de produção tradicionais.


• O benefício fiscal oferecido pelo Governo estadual foi o diferimento do pagamento do ICMS da fatura de energia elétrica e do gás natural por quatro anos.


COMO COMPRAR BEM UM SEMINOVO


1. Pesquisar a média do preço de venda e revenda do carro é uma boa forma de iniciar uma negociação para poder comparar com o valor oferecido pelo vendedor.

 

2. É interessante escolher um veículo que não seja difícil de vender depois, por exemplo, carros sem cores mirabolantes demais e que tenha assistência consolidada no Brasil.

 

3. Por precaução, analise histórico do carro e da placa, conservação da parte interna e quilometragem

 

LIQUIDACAR

[FOTO2]

Feirão de seminovos


Nos dias 23 a 25 de março, o Feirão LiquidaCar será realizado no estacionamento do Iguatemi. O feirão de carros seminovos ocorre mensalmente desde 2001. Das 8 às 18h, os clientes poderão escolher entre cerca de 1.200 veículos disponíveis. “Nós vamos ter carros de 15 mil até 200 mil reais. A nossa expectativa é que sejam comercializados de 250 a 280 veículos”, antecipa Everton Fernandes, organizador do Feirão.


No evento, os compradores terão mais facilidade de negociação quanto ao valor do veículo. “O principal atrativo é porque ele (cliente) vai ter em um local só mais de mil carros. Como tem uma oferta muito grande, um lojista vai querer vender mais que o outro. E o atrativo é preço. O consumidor vai poder barganhar com várias lojas no mesmo endereço”, afirma Everton.


Além disso, a presença de representantes de bancos no Feirão irá agilizar o financiamento dos carros para quem optar por essa forma de pagamento.“Outro atrativo é que a gente vai ter aprovação de crédito no próprio local com taxas especiais para o evento, a aprovação muito rápida. Tem essa facilidade”, afirma Everton. Assim, os consumidores terão comodidade total.


O mercado de carros seminovos está demonstrando prosperidade. “Nós estamos com o crescimento na média de 5,5% no ano”, explica.

 

JOCÉLIO LEAL

ENVIADO A SÃO JOSÉ DOS PINHAIS (PR)*

leal@opovo.com.br

 

Jocélio leal

TAGS