Erros e suspeitas arbitragem
Os alvinegros estão com os nervos à flor da pele por conta do gol anulado no jogo contra o Guarani-SP. Chego à Praça dos Estressados e ouço: “É um ladrão! Estava numa cadeira bem atrás do bandeirinha e na mesma linha do último zagueiro. Não foi impedimento”.
Aliás, não foi o único. Quem viu o replay concluiu imediatamente que dois jogadores do Guarani davam condição de jogo ao volante Richardson, mas o bandeirinha permaneceu com seu braço levantado, sinalizando a irregularidade que só ele viu.
As opiniões se dividem. Alguns poderão achar que o bandeirinha estava com a visão encoberta pelos dois jogadores do Guarani e, na dúvida, marcou o que considerou infração.
Outros dirão que existe uma campanha orquestrada pro Ceará não subir ou para o Guarani não cair. E por aí vai...
Nem sempre o aparato tecnológico dá aos comentaristas a certeza do ocorrido. Passa-se o replay duas ou três vezes e não se chega à conclusão. No caso em pauta, o gol foi legal. Sugere-se que o Ceará não represente contra a arbitragem do jogo. A CBF não é confiável.
Muitas vezes se desconfia das arbitragens sem razão. Lembro-me de um jogo do Ceará no campeonato nacional. Acordamos e um boato na concentração. Sentei com o Tércio, lateral direito, e perguntei: “Que onda é essa? Parece que acertaram com o juiz de logo mais. Como se sabe?”.
“É o seguinte: tem um empresário que recebeu uma grana para fazer a parada. Na entrada das equipes em campo, um fotógrafo vai pegar o juiz e levá-lo para bater uma fotografia na meia lua da grande área. Se isso acontecer é sinal de que o juiz está no bolso”.
Entramos e fiquei de olho no trio de arbitragem Na hora da inspeção das redes e das linhas demarcatórias, o bandeirinha chamou o juiz, que parou na meia lua. Um fotógrafo se aproximou e “click!”. Olhei para o Tércio, que devolveu o olhar e confirmou com o polegar.
Perdemos a partida. O árbitro, se não me falha a memória, foi José Marçal Filho, que teve atuação correta. Penso nessas armações todas no mundo do futebol. O empresário e o fotógrafo devem ter ganhado um bom dinheiro e o árbitro certamente nunca soube disso.
Sérgio Redes