Quem disse que os jovens não querem carro? 

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Quem disse que os jovens não querem carro?

2018-11-09 01:30:00

As pessoas não fazem mais questão de ter um carro? Sobretudo os jovens são indiferentes? Estas verdades empíricas incomodavam a Anfavea, a associação o que reúne as montadoras de veículos no Brasil. Daí resolveu pesquisar e encontrou outras verdades. O estudo "Mobilidade através das gerações", assinado pela Spry (www.spry.io), mostrou que 70% dos entrevistados da Geração Z (27 para baixo) pretendem comprar um carro nos próximos cinco anos.

 

Outra: 91% dos não-habilitados pensa em tirar a CNH. Na Geração Y (26 a 35) 69%. É o mesmo resultado na Geração X (36 a 55). Já entre os Baby Boomers (56 para cima), 51%. A intenção de ir ao Detran tentar uma carteira de motorista existe para 80% da Geração X. Sobre o futuro: na Geração Z, 66% acreditam que o carro será o principal meio de transporte no futuro. Na Geração Y, 70%. Na X, 69%. Na BB, 61%.

 

A constatação é congruente com as respostas acerca do futuro do automóvel: apenas 11% dentre todos os pesquisados acreditam que o carro será extinto ou terá o uso diminuído. Inexiste consenso sobre qual o futuro, mas a certeza há de que não virará peça de museu (o horizonte, segundo 3%). Outra informação: 34% veem o compartilhamento como o destino provável.

 

Na Geração Z, apenas 23% possuem automóvel. Na Y, 39%, na X, 50% e os BB 49%. Repare neste dado sobre potencial de consumo: para a Geração Z, possuir ou não carro é indiferente quanto ao desejo de adquirir um. Nesta faixa, 70% possuem carro e pretendem comprar. A propósito, o entendimento de posse não é obrigatoriamente dele. O jovem considera dele o carro dos pais também. A pesquisa indicou que 40% dos entrevistados da Geração Z disseram preferir o carro particular como meio de locomoção.

 

Na Geração Y, 41%, na Geração X, 42%. Já entre os Baby Boomers, 38%. Leiam-se: os mais jovens não deixam de preferir o carro ante as demais faixas de idade. Fortaleza teve o teve o terceiro maior peso no universo pesquisado: 10%. Acima, Rio 16% e São Paulo 29%.

 

Os dados da pesquisa demonstram que as virtudes dos carros são niveladas com as dos táxis e aplicativos. Conforto e praticidade são as vantagens do carro para 39% e 33% quando se referem aos demais. Em comodidade, 21% (particulares) a 19% (táxis e app). Rapidez é item vencido pelos táxis/app: 24% a 18%. O metrô ganha disparado, com 74%. Importante: app e táxis é meio utilizado para situações eventuais (uma ou duas vezes na semana) por 35%, não em uso diário. Aqui, a importância dos ônibus é bastante pronunciada: 63% usam todos os dias. Carros, 48%.

 

Quanto a frequência no uso de app, outro dado. Os mais velhos são os que usam menos. Com menos de uma vez por mês, 35% dos BB lideraram no item. Depois, os X com 33% e os Y 29%. Os Z foram 20%. Detalhe: menos de 40% da Geração Z usa app/táxis toda semana.

 

Uma curiosidade sobre os diferentes públicos por idade: a Geração X é muito parecida com os BB.

 

A PESQUISA

A Spry é uma startup alocada no Cubo Itaú, com declarados 23 mil pesquisadores cadastrados em 2.700 municípios. A margem de erro por geração é de 4,6% e de 3,3% entre os gêneros. Todas as 1.789 entrevistas foram presenciais em 11 capitais. A Spry trabalha com questionários on line, pelo celular do pesquisador. As respostas são gravadas em áudio e os celulares dos pesquisadores são monitorados por GPS.

 

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