Apenas lucro ficou pouco
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Apenas lucro ficou pouco

2018-10-05 01:30:00

Você já viu. Está lá nas plaquinhas nas recepções sob o título Missão da Empresa: uma série de bons modos que traduziriam a razão de ser da companhia. Philip Kotler até já escreveu que "Você pode não aprender muito ao ler a missão de uma empresa - mas você aprenderá muito ao tentar escrevê-la". Ou seja, a definição da missão seria um belo exercício de autoavaliação. Mas raro mesmo é encontrar a palavra lucro nas plaquinhas, ainda que além dos bons modos os bons resultados sejam determinantes para a existência da firma. Mas a boa notícia é que uma nova visão sobre empresas, lucros e impacto social está ganhando corpo no País. Não é onguismo. Tampouco há pudor em falar no lucro. O ponto é outro: ser uma empresa lucrativa com impacto social. A repórter Bruna Damasceno mostra hoje no O POVO um pouco do que foi ontem o 1º Fórum de Investimento Social Privado em Negócios de Impacto, promovido por uma empresa nascida no Ceará e com base em São Paulo, a In3Citi.

 

A essência do que foi mostrado lá é a senha do que certamente deverá se tornar comportamento médio das empresas, dos mais diferentes setores. No evento de ontem, ideias consagradas como o Banco Palmas, um case internacional de microcrédito criado no Conjunto Palmeiras, na periferia de Fortaleza; uma empresa cujo negócio é atuar na cadeia produtiva e na venda de produtos orgânicos, sem cair no mero discurso do bem (orgânicos) contra o mal (agronegócio); uma tradicional indústria de beneficiamento de castanhas que resolveu entrar no varejo e conquistou em dois meses o Selo B, de empresas certificadas como de impacto social; uma startup alagoana cuja ideia foi criar um tradutor automático para Libras (a linguagem dos surdos); além da própria anfitriã, cujo core é ir ao mercado mostrar que impacto social é negócio e muito mais do que filantropia.

 

Em comum, todas trabalham para dar lucro, gerar empregos. Mas não apenas. De algum modo, cada um do seu, elas também geram algum efeito positivo para a sociedade. Gerar emprego é importante, mas ficou pouco. Havendo consistência nas ações de impacto social, há ganhos de produtividade (na Amêndoas do Brasil, aquela do Selo B, algo como 70%), relevância na sociedade (moeda cara sobretudo em momentos de crise) e diferencial de mercado (decerto a geração que chega ao consumo a partir de agora não ignora o perfil de onde consome). A propósito, em tempos de incertezas políticas e suas inerentes inseguranças econômicas a assolar o País, a razão de ser das empresas se torna um ativo ainda mais relevante. Pelo lucro e pelo impacto social.

 

IMÓVEIS

 

Novos tempos, novos bancos

Os tempos são outros para o setor bancário. Agências gigantes já não são necessárias. Aliás, as agências menos. Dentre os efeitos dos novos tempos, menos poder de fogo para os bancários e revisão dos contratos dos fundos imobiliários que detêm os prédios. Um dos maiores do setor, o BBPO11, tem 64 agências do Banco do Brasil pelo País. Em Fortaleza, aquele prédio do BB onde fica a sede local, na avenida Santos Dumont, com 5.476,78 m2. O contrato vence em dezembro de 2022. As renovações costumam ser de 10 anos. Uma hipótese é o BB querer apenas o térreo.

 

DINHEIRO NOVO

 

Prontos para pousar

Quem trabalha com investidores estrangeiros confirma o quanto o mercado está animado com o desfecho do processo eleitoral do Brasil. A agenda anda lotada para janeiro e fevereiro em diante. Todo mundo quer entender como o Brasil vai rodar no novo Governo, seja com quem for. Ainda que o eleito fosse o petista Haddad, havendo alguma reforma, a liquidez mundial inundaria o Brasil.

 

JOGO RÁPIDO

As poucas reformas tocadas pelo Governo Temer foram responsáveis por manter a economia viva até agora. A memória curta esquece a tragédia dos estertores da Era Dilma.

 

Horizontais

UFC - A Universidade Federal do Ceará foi uma das 17 instituições de ensino brasileiras selecionadas para colaborar com projetos europeus financiados pelo Conselho Europeu de Pesquisa (ERC, pela sigla em inglês).

LUZ - A Enel entrega uma nova linha de distribuição de alta tensão no município de Acarape. Ao todo, atende 300 mil clientes de 12 municípios. A linha vai operar com 69 kV e terá 52 km de extensão. Investimento declarado de R$ 18 milhões.

 

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