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Na cozinha das escolas de gastronomia

2018-07-08 00:00:00
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A operação da aguardada Escola de Hotelaria e Gastronomia no prédio onde outrora existia o edifício Panorama Artesanal, em frente ao Marina Park, traz de bandeja uma polêmica de cozinha. A razão foi a receita adotada na implantação. A vinculação ao Instituto Dragão do Mar (IDM) não foi deglutida em setores do Governo e no chamado trade turístico.


No governo Cid Gomes, o projeto nasceu com outra configuração, pela qual seria feito convênio com uma escola internacional de hotelaria e gastronomia. O secretário de Turismo era Bismarck Maia. Com Arialdo Pinho na Casa Civil e a hoje vice-governadora Izolda Cela na Educação, desenhou-se uma escola mirando recursos do BNDES para a área e em modelo pelo qual seria feito convênio com uma escola internacional de hotelaria e gastronomia. O prédio pertencia aos Dias Branco e custou R$ 3 milhões. A mais avançada nas negociações era a EHL - École hôtelière de Lausanne, a famosa escola de gestão hoteleira na Suíça. Traria o know-how, a grife e talentos para dar aula. Pelo desenho, a Secretaria do Turismo também faria uma licitação para conceder os leitos do edifício a um hotel.


Com o início da Era Camilo, o menu foi alterado. Ganhou corpo o Instituto Dragão do Mar e murchou a influência da Setur e da Seduc na área. A releitura da Escola pela atual gestão pôs não apenas esta, mas também a nova Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, erguida e doada pelo Grupo M. Dias Branco ao Estado na semana passada, no bairro Vicente Pinzón, na mesa do Dragão do Mar. Juntando as duas, anunciadas mais de 15 mil vagas gratuitas para cursos, sobretudo em gastronomia, não em hotelaria. E há leitos disponíveis para um hotel escola.


À frente do IDM, e com o DNA de fundador, o presidente Paulo Linhares tem como marca pensar grande. Foi assim quando ele brigou pela criação do Dragão. Agora ele tem este Master Chef pela frente. Fazer das escolas algo mais do que comida trivial, como outras instituições de caráter público já fazem, e servir aquilo que a inteligência preterida do setor propunha antes de ser descartada: iconizar a gastronomia e a hotelaria do Ceará.

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FNE


Honra ao mérito


No ano em que se comemora 30 anos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), filho da Constituição de 1988, o Ceará, o Nordeste, o Banco do Nordeste e o Brasil devem o reconhecimento a quem trabalhou pela sua criação. O Fundo é destinado ao financiamento da economia regional, com ênfase na região semiárida. Uma luta árdua, como tudo costuma ser em se tratando de políticas contra desequilíbrios regionais. Na história do FNE, nomes como Cláudio Ferreira Lima, que fez o corpo a corpo em Brasília, como assessor da Bancada do Nordeste; o então senador Virgílio Távora; o então presidente do Banco, José Pereira e Silva; o então presidente do Congresso, Mauro Benevides; e o autor do projeto que criou o FNE, o ex-deputado Firmo de Castro, entre outros. Firmo participou da concepção, produção, relatoria e defesa dos dispositivos constitucionais e da lei que deu origem ao FNE. O BNB ainda existe por causa do FNE.


VULCABRAS


“Estrangeira” no Ceará assina com norte-americana


A Vulcabras Azaleia e a Under Armour Brasil assinaram um memorando de entendimento com a intenção de parceria para distribuição e licenciamento no mercado brasileiro. A operação pretendida ainda seguirá para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o órgão antitruste do Brasil. Também segue sob contrato de confidencialidade quanto aos seus termos. A Vulcabras Azaleia é de origem gaúcha, mas tem forte presença no Ceará. Opera uma unidade em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza.


A Vulcabras é mais uma daquelas que estão no Ceará apenas em função dos incentivos fiscais. Mantém relação distante com o Estado. Já a norte-americana Under Armour mira a expansão da marca e ampliação das operações no Brasil, onde está há quatro anos e patrocina o Fluminense. A Vulcabras possui três linhas de produtos: a esportiva, com as marcas Olympikus e OLK, uma feminina, com Azaleia e Dijean, além das Botas Vulcabras. Emprega mais de 15 mil funcionários em cinco unidades no Brasil (Ceará, Sergipe, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul) e duas na Colômbia e no Peru.


JOGO RÁPIDO


É na economia onde estão os principais trunfos eleitorais do governador Camilo Santana (PT), disposto a se reeleger. Ao contrário de Cid, seu antecessor, uma agenda de investimentos privados.

 

EXPANSÃO NA CAPITAL


Academias vivem hipertrofia


A Selfit, rede de academias com conceito baixo custo, a abrir a primeira unidade em Fortaleza, no shopping Pátio Dom Luís, amanhã, chega a 29 academias em operação, em 10 estados do Norte e Nordeste. Em Fortaleza, a Coluna apurou que já há pelo menos mais duas na agulha: Edson Queiroz e Bezerra de Menezes. Há uma terceira não confirmada no Center Um. Afora a novata, há pelo menos mais três academias de outras marcas a serem operadas na avenida Santos Dumont. A Selfit nasceu em Salvador em 2012 e tem hoje matriz em Recife. Em 2015, se associou ao fundo H.I.G Capital, em busca de injeção de capital para obter ganhos de escala, chave no segmento.


HORIZONTAIS


Rappi e Pague Menos – A rede de farmácias Pague Menos fechou com o aplicativo de entregas Rappi, estreante em Fortaleza, sede da Pague Menos. Com a parceria, o aplicativo passa a atender a princípio apenas os clientes na Capital cearense e em São Paulo. No restante do Brasil, dizem que será em breve.


Mercado Imobiliário – O diretor-geral do Beach Park, Murilo Pascoal, é o convidado desta segunda-feira, 15 horas, ao vivo, na rádio O POVO-CBN (95.5 FM e AM 1010).

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