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Meio ambiente: Por Menos um Lixo

2017-10-15 00:00:00
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1 Em viagem ao Pará, na Expedição Patuá, organizada pela Natura, conheci Fernanda Cortez e logo vi que ela era bem diferente. Ela carregava na bolsa um copinho retrátil e talheres de aço, para não usar os descartáveis, de plástico. E, de vez em quando, dando uma dica superlegal de como produzir menos lixo, Fê, como é conhecida, mantém o portal e movimenta o ‘Menos um Lixo’. Neste ano, ela foi eleita Defensora dos Mares Limpos pela ONU Meio Ambiente Brasil.


2 E pensar que ela se engajou nas causas em defesa da natureza por acaso. Fernanda assistiu a um documentário, em 2012, sobre o destino do lixo produzido pelo homem e foi impactada com as cenas da ilha de plástico, formada na convergência das marés, no oceano Pacífico. “A ilha de lixo é duas vezes maior do que o Estado de São Paulo, e foi ali que entendi que um dos nossos grandes desafios é controlar o consumo de plástico e mudar a consciência da nossa sociedade de transformar tudo em descartável”. Para ela, o copo de plástico é o símbolo do consumo do desperdício.

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3 A partir daí, a defensora eleita pela ONU começou a repensar seu consumo e eliminar o que não fazia sentido em sua vida. “Tem sentido gastar de 500ml a 3 litros de água para ser produzido um copo de plástico, para beber 250ml de água, usar uma vez, por menos de um minuto, jogar no lixo e ele ir parar nos oceanos? Não tem”, responde.

Ela nos dá ainda dicas transformadoras de consumo que parecem bestinhas, mas que vão mudar nossa relação com o ambiente em que vivemos e até nos conectar com nós mesmos. “Comecei a pensar tudo o que eu consumia, o que não fazia sentidona minha vida e o que eu podia eliminar de vez”.


4 E ela começou eliminando o copo descartável, claro! “No começo, levava um copo na bolsa, mas depois vi que era inviável carregar para cima e para baixo. Tive a ideia de criar um copo retrátil, para bebidas quentes e frias, livre de BPA, metais pesados ou ftalatos e ideal para reciclar. Aí, comecei a repensar também todo o meu consumo com sacolinhas, copinhos, colherinhas... de plástico”. O copo foi lançado, no Ceará, no evento Costume Saudável, neste ano, e está à venda nos Mercadinhos São Luiz. “Temos de entender que não existe o jogar fora, as coisas têm de ir para algum lugar e estão se acumulando nos oceanos”, diz.

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5 Além do copo, ela carrega na bolsa talheres de aço, guardanapo de pano, um canudo de bambu e saco de tecido para compras a granel. “O canudo é um dos piores lixos que produzimos, está presente na ilha de lixo, do Pacífico. Ninguém usa canudo em casa, por que usar nos restaurantes, bares...? Só criança usa canudo, ponto. E, com as compras a granel, levo para casa exatamente o que preciso e diminui o consumo de embalagens”.


6 As mudanças foram evoluindo e Fernanda mudou sua matriz de transporte. “Comecei a usar a bicicleta e transporte público e diminuí meu consumo de carne vermelha, pela pecuária ser uma das principais razões do desmatamento da Amazônia. Tenho em casa uma composteira (caixa para colocar lixo orgânico, em que as minhocas e o calor transformam em terra) e isso mudou toda a minha relação com os alimentos. Quando abria a composteira todo dia e via o bolo de alimentos que comprava, não comia e jogava fora, fiquei chocada.

Comecei a repensar minhas compras no supermercado”, conta.


7 E as mudanças chegaram ao coletor menstrual. “É um tipo de cálice de silicone, com vida útil de dez anos, que uso no lugar do absorvente interno. O copinho coleta o sangue e posso usar por até 12 horas. Aí, esvazio, lavo e coloco de novo. Não gera lixo como absorvente”.

Fernanda diz que o coletor mudou sua relação com a menstruação. “O sangue do coletor é como se tivesse cortado o dedo, não fica oxidado como no absorvente. Mudou toda a relação com o meu feminino”, comemora ela que continua em busca do consumo consciente com o Menos um Lixo.

 

Bate-pronto

 

Dia Mundial da Visão


Como está o seu cuidado com os olhos? No dia 12 de outubro, foi comemorado o Dia Mundial da Visão. A data serve de alerta para as causas da cegueira que, só no Brasil, acomete cerca de 1,2 milhão de pessoas. Ouvimos o oftalmologista graduado pela UFC, Edmar Guedes sobre o tema. Ele tem residência  em Oftalmologia na Sociedade de Assistência aos Cegos do Ceará, e é especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia


O POVO - Qual a importância de cuidar da visão?


Edmar Guedes - Através da visão recebemos pelo menos metade dos estímulos do meio ambiente, daí a necessidade de cuidar bem dos olhos com exames e medidas básicas preventivas. Também é fundamental a avaliação rotineira com o médico oftalmologista, principalmente em pessoas com histórico familiar de doença ocular.


OP - Se os sintomas forem diagnosticados precocemente, as cegueiras são evitáveis?


EG - A Organização Mundial de Saúde estima que 60% das cegueiras são evitáveis. Isso significa que quase 700 mil brasileiros que são cegos, poderiam não ser, caso tivessem recebido tratamento precocemente.


OP - Quais os sintomas que podem estar associados a problemas na visão?


EG - Dores de cabeça repentinas não aliviadas por analgésicos, sensibilidade aumentada no couro cabeludo, dor na mandíbula quando se fala ou mastiga e inchaço nas artérias temporais visível a olho nu.

 

GASTRONOMIA FUNCIONAL


Como parte da comemoração de seus 30 anos, o Mundo Verde lança livros com receitas saudáveis para o dia a dia. São três livros colecionáveis com 90 receitas exclusivas, criadas pelas nutricionistas do Mundo Verde, em parceria com a food stylist Denise Guerschman, com os títulos Café da Manhã e Lanches, Almoço e Jantar e Sobremesas. E segue uma receitinha topíssima.


TALHARIM DE CREPIOCA


Receita sem glúten, sem lactose, rico em proteínas e low carb.


Ingredientes


4 ovos

8 colheres (sopa) de Tapioca Mundo Verde Seleção

100 g de peito de peru

Ervas frescas picadas a gosto

1 colher (sopa) de Óleo de Coco Mundo Verde Seleção


Modo de preparo


Corte pequenas fatias de peito de peru e leve-as para assar até ficarem crocantes e douradas. Reserve-as. Em um liquidificador, bata os ovos com a tapioca. Em uma frigideira rasa ou tapioqueira, pincele o óleo de coco. Despeje pequenas porções de crepioca e deixe até que fiquem levemente douradas. Faça o mesmo com o restante da massa. Coloque os discos de tapioca um sobre o outro. Enrole-os e, com uma faca, corte tiras de cerca de 0,5 cm. Sirva o talharim de crepioca com as fatias crocantes de peito de peru e ervas frescas.

Adriano Nogueira

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