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Semace mudará metodologia do teste de balneabilidade
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Semace mudará metodologia do teste de balneabilidade

De 31 pontos antes monitorados na Capital, apenas 11 estão sendo avaliados, devido à limitação de material. Serviço deve ser normalizado em março
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HÉLDER Vasconcelos, 36, costuma levar o filho Levi para banho de mar (Foto: Fotos Gustavo Simão/ Especial para O POVO)
Foto: Fotos Gustavo Simão/ Especial para O POVO HÉLDER Vasconcelos, 36, costuma levar o filho Levi para banho de mar

Dias de sol costumam ser convite para o engenheiro Hélder Vasconcelos, 36, ir com o filho Levi, 2, aproveitar um banho de mar na Praia de Iracema, próximo ao espigão da avenida Rui Barbosa. "Se passa uns três dias sem chover, eu venho. Se estiver chovendo, não venho não, porque sei que a água vai estar suja", afirma Hélder. O local onde costuma aproveitar a praia com o filho é um dos três pontos que estão impróprios para banho na Capital, conforme o último boletim de balneabilidade, divulgado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

A chuva interfere na qualidade da água devido ao volume de dejetos que vai ao mar através de saídas pluviais e esgotos, entre outros fatores.

A análise da balneabilidade, que verifica a quantidade de coliformes termotolerantes por 100 ml de amostra de águas procedentes da praia, tem abrangido apenas 11 pontos no litoral fortalezense. Cada novo relatório, que cobre o intervalo de segunda-feira a domingo, é divulgado às sexta-feiras.

Entre os dias 28 de janeiro e 10 de fevereiro, porém, a Semace não publicou boletins. Segundo Gustavo Gurgel, gerente de Análise e Monitoramento da Semace, os testes não foram feitos devido à falta de meio de cultura e também devido aos ataques ocorridos no Ceará. O enxugamento do número de pontos verificados atualmente, de 31 para 11, também tem relação com a atual necessidade de lidar com a limitação de material.

O gerente afirma que uma nova metodologia será adotada para verificar a qualidade das praias de Fortaleza. Atualmente, as análises são realizadas por tubos múltiplos, que dão resultado entre 48 horas e 72 horas. A expectativa é que com o novo método, Colilert, os resultados apareçam entre 24 e 48 horas. Contudo, os dois métodos serão utilizados simultaneamente por um período.

"A gente vai fazer dois métodos continuamente para referenciar o novo método, ver se os resultados estão semelhantes. O novo método é mais moderno, dá mais informações, é mais rápido e confiável. Então, vamos fazendo a comparação com o método antigo. Isso não significa dizer que a gente vai suspender uma metodologia. Tudo é uma sequência de aprimoramento do material de laboratório", esclarece Gurgel.

Ainda de acordo com ele, a partir de março, quando ele espera a chegada de materiais que vão ser licitados, os boletins deverão voltar a indicar as condições de balneabilidade de 31 pontos da orla fortalezense, entre a Barra do Ceará e a Sabiaguaba.

Outra intenção é incrementar com monitoramento de mais 61 pontos de deságue de águas de drenagem nas praias da Capital. Gurgel informa que todos os pontos já foram mapeados.

"Se conseguir fazer isso, a gente pode fazer o trabalho de identificação das fonte poluidoras e eliminá-las, e fazer um resgate da praia limpa e saudável para uso da população", frisa.

 

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