A análise é de Marcus Araújo, presidente do Datastore, empresa nacional de pesquisas científicas, que ministrou palestra, ontem, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), e abordou as perspectivas do cenário imobiliário de 2017 em Fortaleza.
Os dados do pesquisador apontam que o mercado está em uma crescente, revertendo o cenário difícil dos anos anteriores. “Ainda não temos dados para o ano, mas, em dezembro, o percentual dos que pretendem comprar imóvel nos próximos 24 meses é de 26%”, diz.
O empresário afirma que essa perspectiva é um reflexo da redução de juros e dos descontos oferecidos. “As pessoas não deixaram de comprar imóveis, elas só adiaram. Porém, agora elas dão uma entrada maior e parcelam em menos vezes”, explica. Araújo diz que com o aumento da velocidade vendas, as construtoras fazem mais projetos, contratam mais e assim o mercado volta a crescer.
“Com menos juros, há mais dinheiro disponível tanto para que as construtoras invistam, quanto para que os compradores voltem a se interessar mais e mais rápido. Com isso, a tendência é que o ciclo volte a girar positivamente”, comenta.
Tendências
Após a ‘moda’ dos condomínios clube, o consumidor cearense está em busca de um outro tipo de imóvel, com menos custo de manutenção. Para 2017, as tendências são unidades de 53 m², com dois quartos, a 93 m², com três quartos. “Todos estão buscando um imóvel menor, assim o consumidor não adia o sonho da casa própria”, avalia.
[QUOTE1]Há ainda alguns lançamentos com unidades em alto padrão, mas estes já estavam projetados anteriormente. “Esses condomínios de luxo foram planejados quando o mercado ainda estava aquecido, mas não falta comprador”, conclui.
Investimentos
Araújo afirma que muitas construtoras já estão buscando os serviços de pesquisa para o mercado imobiliário. “Até o final do ano passado, o setor estava meio parado, agora eles já estão se movimentando, todos estão se preparando para ofertar produto novo”.
Isso quer dizer que os empresários já estão focando em novos investimentos, e pesquisando para ver onde investir. “Dentro de seis meses a um ano nós veremos muitos lançamentos em Fortaleza”. (Larissa Pacheco/Especial para O POVO)