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70% da água do Estado vai para agricultura
Economia

70% da água do Estado vai para agricultura

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Considerando os consumos gerais em tempos normais, ou seja, sem grandes aportes ou seca extrema, 70% da água disponível no Estado vai pra irrigação, algo em torno de 28% para abastecimento humano e saneamento e 2% pra todo o setor da indústria. Assim calcula Francisco Teixeira, titular da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH). “Em épocas normais, nossa capacidade de oferta de água a partir dos reservatórios é de quase 100 metros cúbicos (m³) por segundo, mas ninguém distribui isso tudo por conta da seca. Mas, pelo menos, metade é ofertada”.


Ele justifica que a água destinada ao uso industrial atende a demanda. O consumo humano é pouco comparado com outras federações, como São Paulo, que chega até 30%. Segundo ele, a industrialização ainda é “incipiente”, o que garante uma maior cobertura de água para o abastecimento humano.


Mesmo ainda dependente da água bruta fornecida pela Cogerh, o secretário diz que o setor industrial tem buscado “maior eficiência” na utilização da água, por meio do reuso e captação da água da chuva, por exemplo. São alternativas para minimizar futuros conflitos. “Para diminuir o consumo de água do sistema metropolitano, temos trabalhado para que indústrias do Pecém peguem água captada na região, seja subterrânea ou de açudes”, disse. O intuito, aponta Teixeira, é reduzir a concorrência com a água voltada para o abastecimento humano.


Ainda avalia que, embora a transposição do Rio São Francisco seja uma “garantia” a mais de água para abastecer o Estado, “não vai resolver todos os nossos problemas”. “As chuvas (registradas em 2016) só permitiram repor o que a gente perdeu ano passado”.


A meta, soma, é economizar o maior volume possível de água para garantir abastecimento em Fortaleza e RMF em 2018. “Se não chover ou se não economizarmos muita água, nem o sistema metropolitano estará disponível no segundo semestre do ano que vem”, finaliza. (Átila Varela e Lígia Costa)

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