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Oi garante sustentabilidade da empresa, mas Governo se articula para intervenção
Economia

Oi garante sustentabilidade da empresa, mas Governo se articula para intervenção

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Embora a Oi tente minimizar a crise que atravessa, chegando até mesmo a lançar novas estratégias de mercado e ampliando seus serviços digitais, o Governo Federal já se articula, desde a semana passada, para realizar uma intervenção na operadora. O objetivo é evitar o colapso no setor de telecomunicações no País, já que a Oi continua a ter problemas com seus credores.


Só no Ceará, quase 21 mil moradores de dois municípios (Abaiara e Deputado Irapuan Pinheiro) correm o risco de ficarem incomunicáveis, caso a quarta maior operadora do Brasil feche as portas. No País, é a única alternativa para 2 mil cidades, dentre todas as 5,5 mil.


O Governo estuda não só publicar uma Medida Provisória (MP) para dar segurança jurídica à intervenção, como também prevê solicitar auxílio das demais operadoras (Claro, Telefônica, Vivo e TIM) para recuperar o setor, caso seja decretada a falência da Oi.


Embora não seja a saída preferida do Governo, existe a possibilidade que o grupo de telecomunicações seja fatiado, ou seja, dividido em partes entre as demais operadoras com atuação nacional. Ainda no campo de hipótese, o fatiamento só deve ocorrer se não houver divisão por serviços. O Governo já entrou em contato com Banco do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento e Caixa Econômica Federal para alongar prazos de pagamentos, caso a intervenção se concretize. Uma reunião entre credores e acionistas está prevista para ser realizada ainda este mês.


Credores da Oi questionaram declarações da companhia, segundo a qual credores do Brasil e do exterior teriam participado de reuniões, onde foram acertados detalhes para a elaboração da proposta revisada de recuperação judicial.


A declaração, conforme carta assinada por Erick Alberti, diretor do banco de investimentos Moelis & Company, e por advogados da companhia, não é verdadeira, já que a empresa não teria negociado com o Steering Committee, o International Bondholder Committee ou Export Credit Agencies. (Com Agência Estado)

 

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