O relato, entre lágrimas, da aposentada Francisca Ferreira, mãe da travesti Dandara dos Santos, assassinada no dia 15 de fevereiro, calou a sala de reunião do Palácio da Abolição. Convidada a participar da reunião de militantes LGBT com o governador, Francisca não controlou o choro nas vezes em que Dandara foi lembrada.
“Será que foi uma missão que Deus deu para meu filho? Dele ser sacrificado para ter essa repercussão internacional toda e mudar essa situação?”, perguntou. “Desculpe por eu estar chorando, governador, mas eu não consigo parar de chorar”. Tivesse levantado a cabeça e olhado para o resto da sala, Francisca veria que suas lágrimas tinham a companhia de quase todos ao redor. (Émerson Maranhão)