As previsões são semelhantes às da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), comenta Francisco Teixeira, secretário dos Recursos Hídricos. Um aporte potencial dos pequenos e médios açudes depende de chuvas contínuas, principalmente nos meses de março e abril. “Uma recarga substancial dos grandes reservatórios não é esperada. Isso vai exigir a manutenção do estado de alerta”, antecipa. Sem aporte e sem mudanças na liberação de água, ele aponta que a reserva pode acabar até a quadra chuvosa de 2018.
Por isso, as chuvas e os aportes vão nortear o gerenciamento da água, com o aproveitamento estratégico do que fluir pelo rio Jaguaribe até o Castanhão ou no caminho das águas vindas do Orós. Para isso, as decisões podem ser fechar algum destes grandes reservatórios, detalha Teixeira.
Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte também são apontados pelo MCTIC com probabilidade de colapso. “Grande parte dos problemas se deve à expectativa da transposição do São Francisco”, critica João Abner Guimarães, professor aposentado da UFRN. (Thaís Brito)