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O "senhor dos anéis" está de volta

17:00 | 03/06/2017
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Caros amigos leitores da coluna Visões do Cosmos, o magnífico planeta Saturno está de volta ao céu noturno exibindo seus belíssimos anéis que podem ser vistos até mesmo através de pequenos telescópios. É o mais esplendoroso dos planetas — chamado pelos astrônomos amadores de “A maravilha do céu”.


Ao contrário do que muita gente pensa, Saturno não é o único planeta que possui anéis; Júpiter, Urano e Netuno também são rodeados por anéis, embora imperceptíveis por telescópios aqui na Terra.


Na mitologia, os gregos antigos chamavam Saturno de Ouranós (divindade que representava o Céu e o Universo). Era o planeta mais distante conhecido e visível a olho nu pelos povos antigos. Como gasta muito tempo para se deslocar entre as estrelas, foi-lhe atribuído também o nome Cronos (tempo).


Na mitologia profetizavam que Saturno — o deus do tempo, seria destronado por um de seus filhos. Para garantir seu trono, Saturno devorava seus filhos logo ao nascer. Mas, quando Júpiter nasceu, a mãe Réia escondeu o menino do pai e lhe entregou várias pedras embrulhadas num pano. O deus do tempo engoliu tudo rapidamente e foi para o descanso. O jovem Júpiter cresceu, destronou Saturno e foi para o Olimpo, tornando-se o deus dos deuses, ladeado por outras 11 divindades.


O PLANETA SATURNO


É o segundo maior planeta do sistema solar, está aproximadamente a um bilhão e meio de quilômetros do nosso Sol. Isso equivale a 10 vezes a distância da Terra ao Sol. Seu ano dura quase 30 anos dos nossos. Ou seja, ele gasta quase 30 anos para dar uma volta em torno da nossa estrela. Ele também gira muito rápido. Como Júpiter, seu dia dura pouco mais de 10 horas. Saturno é um planeta gasoso, sua atmosfera é composta de 73% de Hidrogênio e 3% de Hélio e a temperatura chega a 180 graus abaixo de zero. Sua densidade é menor do que a da água. Isso significa dizer que se pudéssemos colocar Saturno dentro de um gigantesco oceano, ele ficaria boiando na água.


Saturno possui 31 satélites conhecidos, um deles — Titã — é maior que o planeta Mercúrio. O globo de Saturno é quase do tamanho de Júpiter e seu diâmetro é quase 10 vezes o da Terra.


Várias sondas espaciais fizeram visitas ao planeta dos anéis. Em 1979, a sonda espacial norte-americana Pioneer 11 foi a primeira a se aproximar de Saturno. Posteriormente as sondas, também norte-americanas, Voyager 1 e Voyager 2 passaram pertinho do planeta.


Em outubro de 1997, a Nasa, juntamente com a ESA (Agência Espacial Europeia), enviaram a sonda Cassini-Huygens para missão não tripulada a Saturno e seu sistema de satélites. O conjunto das duas sondas entrou na órbita do planeta em 1º de julho de 2004. Em dezembro do mesmo ano a sonda europeia Huygens separou-se do orbitador Cassini, da Nasa, e, em 14 de janeiro de 2015, adentrou na atmosfera de Titã, o maior satélite de Saturno, pousando na sua superfície.


Foi a primeira vez que um artefato de engenharia construído pelo homem pousou num corpo celeste do Sistema Solar exterior.


Em 2010, a Nasa anunciou a extensão da missão até maio de 2017 com o envio de dados científicos para a Terra. Essa extensão envolveu mais de 150 órbitas adicionais, com contínuo estudo do planeta, sua heliosfera, satélites naturais e testes da Teoria da Relatividade.

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