MUDANÇA NO FUTEBOL

Segundo o caderno técnico-didático de futebol do professor Ernesto Santos, publicado em 1979 pelo Ministério de Educação e Cultura, foi no dia 29 de outubro de 1863 que representantes de clubes e colégio ingleses se reuniram e fundaram a Football Association.

 

Na reunião seguinte, unificaram as regras já existentes, mas só 20 anos mais tarde, em dezembro de 1883, criaram a International Board Football Association, composta por Inglaterra, Pais de Gales, Irlanda e Escócia e regulamentaram as leis do futebol.

A Fifa surge em 1904 e adota as regras estabelecidas pela International Board. A comissão que analisa as regras aumenta para oito representantes. Quatro da comunidade britânica e mais quatro da Fifa. Qualquer alteração nas regras obriga os seis votos.

De lá para cá houve modificações nas regras. Gosto de três. Duas referentes à lei do impedimento, e a mais interessantes delas determina que ao receber uma bola de um companheiro da mesma equipe o goleiro não pode pegá-la. Essa alteração fez com que o jogo ganhasse em ritmo e velocidade.

Os oito componentes da comissão International Board - Fifa são conservadores e têm o maior cuidado em não alterar as regras de uma prática esportiva implantada no mundo inteiro, que bate recorde e mais recorde de audiência durante uma Copa do Mundo.

Nossa cultura futebolística parece estar de acordo com os velhinhos. Gostamos de perpetuar situações duvidosas e fazer com que os jogos continuem nos bares, restaurantes, esquinas, pontos de ônibus, locais de trabalho, discutindo o gol anulado... Enfim, a bola dividida da paixão.

Paixão esta que continua viva entre os torcedores. E fico imaginando a frustração de uma torcida ao ver um lance decisivo a seu favor ser modificado em favor do adversário pelo árbitro de vídeo. Por outro lado, não se pode negar que o futebol ganha em lisura.

E ganha também o futebol-negócio, que faz do mercado a estrela-guia de suas ações. Às vezes uma equipe perde um patrocínio por conta de uma decisão errada da arbitragem. Disse ao Mestre que o árbitro de vídeo representa uma evolução. A resposta veio redonda: “Qualquer dia os dois discutem quem está com a razão”.

Fico imaginando a frustração de uma torcida ao ver um lance decisivo a seu favor ser modificado em favor do adversário pelo árbitro de vídeo. Por outro lado, não se pode negar que o futebol ganha em lisura