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Coluna desapareceu
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Coluna desapareceu

 

Tânia Alves

 

Uma das coisas que cativam os leitores do impresso é poder encontrar tudo em seu devido lugar. O usuário geralmente não informa quando tudo está correndo de acordo com o costume, mas, quando algo sai diferente, ele se manifesta. Foi o que ocorreu com a coluna do Abidoral, que até o mês passado era publicada no caderno Buchicho. Há 15 dias, recebi de um leitor reclamação da falta de informação sobre a coluna, que trata sobre bastidores da área do jornalismo. Ele dizia: “Este conceituado matutino já não respeita mais seus clientes/leitores, por exemplo: a coluna do Abidoral, domingo sim, domingo não é publicada, sem que o jornal nos dê uma explicação. Antigamente, o referido explicava aos seus leitores o motivo de determinada coluna não estar na edição do dia”.


O leitor acertou quando disse que a coluna deixou, este ano, de ser semanal e passou a ser publicada de 15 em 15 dias, revezando com a coluna “Mãe”. Isso ocorreu normalmente até o dia 24 de junho. Ele, no entanto, se equivocou num ponto: até o dia 16, eram três domingos seguidos em que a coluna havia deixado de ser publicada. No domingo passado (23/7), ela também não foi editada no caderno. A partir da observação do leitor, comentei internamente sobre a falta da Abidoral. Nenhuma resposta foi providenciada. Enviei email para a Redação perguntando se a coluna passará por reformulação ou deixará de ser editada. Não recebi resposta.


Mudanças sempre irão acontecer nas colunas e nas editorias até mesmo pela dinâmica do jornalismo. Uma coisa, porém, não pode faltar: transparência. Se o leitor questionou, ele precisa de uma explicação, por mais dolorosa que ela seja. O que não pode é ele se manifestar e ficar por isso mesmo. Se, por algum motivo, a coluna deixou de ser publicada por um período, é preciso avisar. Um exemplo: neste mês, a jornalista Sônia Pinheiro está de férias. A explicação está publicada no alto da página 2 do Vida & Arte todos os dias. Mesmo que os leitores não concordem com a ausência da coluna por este período, eles receberam uma explicação e sabem que a colunista, passado aquele tempo, voltará a escrever no espaço. Fica claro. Assim deveria ser. Sempre.


INFORMAÇÕES DISTINTAS EM UMA MESMA EDIÇÃO

Na quinta-feira passada (27/7), recebi de um leitor uma mensagem em que estavam anexadas duas imagens da edição daquele dia: a primeira, de matéria publicada no Vida & Arte, “Salão de Abril ‘sequestrado’ abre convocatória para artistas”; e a segunda, de uma nota da coluna Vertical, que também tratava do Salão de Abril. “Na edição de hoje, na coluna Vertical, é informado que o Salão de Abril deste ano terá verba. Em matéria no Vida&Arte diz que não terá (verba).”

De fato, as informações eram desencontradas. O conteúdo publicado no caderno de Cultura tem mais um inconveniente: deixou de ouvir a Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor). Também não explicava se houve tentativa em fazê-lo. Não foi a primeira vez, na semana, que um mesmo dado saiu de forma divergente na mesma edição. Na quarta-feira (26/7), na Editoria de Esportes, enquanto a coluna Alan Neto informava que o treinador do Ferroviário para 2018 (Marcelo Vilar) já estava escolhido e acertado, na matéria “Vilar é o preferido na Barra do Ceará”, o acerto se tornou uma possibilidade. Detalhe: a fonte era a mesma. Ficou bem esquisito.


Na sexta-feira (28/7), nova matéria foi publicada no caderno Vida & Arte sobre o Salão de Abril explicando que a verba havia saído, conforme estava na coluna Vertical. Foi uma forma de remediar a informação que saiu desatualizada no dia anterior. Quanto à informação desencontrada no Esportes, até a sexta-feira passada, o leitor do O POVO não sabia se o treinador já está contratado de verdade ou se é apenas uma pretensão da diretoria.


SOBRE MOBILIDADE, MEMÓRIA E SERTÃO

O jornalismo cresce quando os temas são aprofundados por meio de reportagens mais trabalhadas. No O POVO, em grande parte, a apuração se transforma em cadernos como o “Movimento Urbano”, com oito edições sobre mobilidade, publicados entre maio e junho passado, ou o conteúdo de memória sobre os 50 anos da morte do ex-presidente Castello Branco, editados entre 16 e 20 de julho, em forma de série, na editoria Cotidiano.


Na segunda-feira passada, o caderno “Rotas do Semiárido” (ver fac-símile) foi mais um exemplo de como o jornalismo pode ser rico. A reportagem mostra um Sertão que se revigora apesar da sua aridez. Mas é bom o leitor arranjar tempo para assistir também à websérie sobre o tema. Os vídeos completam o caderno, tanto em termos de imagens (que o impresso é incapaz de abarcar) como de narrativa. O debate sobre mobilidade, a memória sobre o ex-presidente Castello Branco e as Rotas do Semiárido foram bons momentos no jornalismo do O POVO, mesmo considerando pequenos deslizes na edição. O tamanho dos dois primeiros pode ser motivo de enfado, mas os dois têm assuntos relevantes.


PARA ACIONAR A OMBUDSMAN

Os leitores das diversas plataformas do O POVO podem entrar em contato com a ouvidoria pelo WhatsApp (85) 988 93 98 07; por email (ombudsman@opovo.com.br) e telefone fixo (3255 6181). O leitor pode ainda visitar a ombudsman se necessário. Basta ligar e agendar.

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